sábado, 14 de maio de 2011

QUANDO O ÓDIO DESTRÓI O AMOR

Ainda na aula do dia 05/05 refletimos, com base no filme O Beijo no Asfalto, sobre o assassinato. Para ilustrar o debate, relembramos o caso de Suzanne Richthofen, assassina dos próprios pais. Confira abaixo uma reportagem da revista Istoé sobre o assunto:

ESTA MENINA MATOU OS PAIS

O engenheiro Manfred von Richthofen, alemão naturalizado brasileiro, ganhou de presente no último Dia dos Pais, em 11 de agosto, dois porta-retratos. Os filhos adolescentes, Suzane e Andreas, presentearam-no com dois mosaicos de fotos de cada um com o pai em diversos momentos. Ele os deixava sobre sua mesa de trabalho no escritório da Dersa, órgão da Secretaria de Transportes do Estado de São Paulo, onde trabalhava. Naquela época, Manfred nem suspeitava, mas Suzane – que aparece ainda bebê no colo do pai, criancinha chupando picolé e sentada entre ele, a mãe e o irmão – já tramava o assassinato dos próprios pais. No dia 31 de outubro, Manfred e Marísia, que era psiquiatra, foram mortos com pancadas de barras de ferro forradas com madeira: um plano meticulosamente arquitetado por Suzane, 19 anos, e seu namorado, Daniel Cravinhos, 21, e executado com a ajuda do irmão dele, Cristian, de 26 anos.


“Certas pancadas só poderiam ter sido dadas por alguém que age com a mão esquerda. Essas pancadas estão na nuca de Marísia, a quatro dedos de distância da orelha direita”, diz Robson, para quem Manfred morreu primeiro e Marísia assistiu à morte do marido. Segundo o policial, o casal recebeu golpes deitados, mas as principais pancadas foram dadas quando eles estavam sentados ou ajoelhados. “Observando algumas marcas, dá para perceber que quem as desferiu o fez da esquerda para a direita. E, dos três, Suzane é a única canhota”, revela o investigador.À polícia, os três disseram que Suzane não participou do ato, apenas preparou o terreno – arranjou luvas cirúrgicas e meias de nylon para que não houvesse rastro – e esperou do lado de fora do quarto enquanto o casal era assassinado. A reconstituição do crime, no entanto, marcada para acontecer na quarta-feira 13, poderá revelar algo ainda mais cruel: que Suzane ajudou os rapazes a espancar seus pais até a morte. Esta possibilidade está sendo investigada pela polícia. “O Cristian e o Daniel dizem que cada um golpeou os dois falecidos. Mas um deles afirma que Suzane providenciou o saco de lixo (que cobriu o rosto de Marísia). 

Não podemos descartar a hipótese de ela ter entrado no quarto onde os pais foram mortos. Portanto,  existe a possibilidade de ela ter matado os pais”, diz Cíntia Gomes, delegada titular do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). O investigador do DHPP, Robson Feitosa da Silva, primeiro policial a trabalhar no caso, confia nisso.



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