terça-feira, 31 de maio de 2011

A BUSCA PELA PERFEIÇÃO

Na última quinta-feira, dia 26/05, debatemos sobre a busca pela perfeição física. De que forma esse desejo nos afeta? Confira abaixo a primeira parte do programa A LIGA, o qual debateu este tema tão complexo:


ESPELHO, ESPELHO MEU...

Na aula do dia 24/05, refletimos, com base no filme "Preciosa", sobre a importância de aceitar a própria realidade. Confira abaixo uma entrevista do escritor José Luiz Tejon, o qual aborda a temática envolvida em nossa discussão:


VOCÊ ACEITA OU NEGA SUA REALIDADE?



Há duas maneiras de lidar com a realidade: beijá-la ou negá-la. Muitos não agem e criam a ilusão de que as coisas irão melhorar.

Para o escritor José Luiz Tejon que lançou recentemente 'O Bejjo na realidade' (Editora Gente), a diferença entre ser feliz e ser infeliz está naquilo que fazemos com as realidades encontradas.

Nesta entrevista ele explica a diferença entre sonho, ilusão e revela o que é na prática dar um beijo na realidade e te ajuda a vislumbrar sua realidade secreta.

Vya Estelar - Qual é o limite entre realidade e ilusão ?

José Luiz Tejon - O problema não é o limite entre a realidade e a ilusão, o grande problema é confundirmos sonhos com ilusões. O sonho sempre caminha na frente do real. O sonho, ao contrário da ilusão, nasce do aprofundamento, do vôo, acima da linha da superfície do real. A realidade é um portal. A ilusão é a vontade utópica e exclusivamente imaginária, fruto do desvario enlouquecido do cérebro, sem fundamento no universo, no entorno que nos cria e nos envolve. O sonho é ativo, a ilusão é passiva. O sonho é evolutivo, a ilusão é droga, a pior de todas. Sonho é o que você faz com a realidade enquanto sonha. Ilusão é o que a realidade faz com você enquanto você se ilude. Ilusão é o engano da mente e do sentimento, a loucura dos não loucos. Sonho é o desejo a convicção veemente, a energia criadora do humano.

Vya Estelar - Qual é o primeiro passo para aceitar a realidade e não negá-la?

José Luiz Tejon - Primeiro é levar o choque de realidade. O tsunami que te pega ou a notícia esperada de conquista que você aguardava. Reconhecer e levar esse choque é o primeiro passo. Muitas vezes somos eletrocutados por choques de realidade, mas vivemos anestesiados e não sentimos. Então, em estado 'zumbi ', seguimos como se o entorno não houvesse e caminhamos na vida alienada. O grande problema dessa situação é que, inevitavelmente, um dia seremos pegos por uma força poderosa que irá nos arrancar desse estado de 'coma', e quanto mais forte for o nosso despreparo, maior será o sofrimento que viveremos e o que faremos outras pessoas viverem ao nosso lado. Atenção, isso não serve só para coisas ruins - sob sua ótica. Serve também para coisas esperadas e desejadas, ao acreditarmos que uma conquista represente o fim, quando na verdade é simplesmente um humilde começo novo.

Vya Estelar - Como fazer o enfrentamento desse choque com a realidade?

José Luiz Tejon - O primeiro passo é perceber o choque, a terra tremeu, seus registros identificaram o tremor. Em seguida, depois da natural reação humana de negação, choro, fuga, reclamação, ou - na coisa boa - euforia, alegria, sensação de que chegou lá e agora é usufruir, que esse momento vai se eternizar; devemos cair na real, assumir a responsabilidade, não culpar os outros, o mundo ou nos acharmos hiper-poderosos e indestrutíveis, na conquista momentânea.

O ponto chave é perguntar: "O que eu faço agora com esta realidade?" Colocar o assunto na primeira pessoa. Essa questão nos leva para o próximo passo: Comprender o mundo que nos cerca. Como funcionam os sistemas de poder, como estudar melhor, quais são os segredos a descobrir num determinado negócio. O que eu preciso ver, sentir, saber, que não sabia antes, para criar realidades novas. Depois somos obrigados a buscar consistência, no que fazemos. Sentimos que sem conhecimentos mais profundos e sólidos não conseguimos passar de nível, ultrapassar o estágio onde o choque de realidade nos atingiu. Então caminhamos para a investigação, a pesquisa, a descoberta do novo, do diferente. E, ao final disso, acabamos por gostar e ficamos 'viciados' pela coisa evolutiva de crescer com solidez

Um amigo meu é especialista em pegar empresas concordatárias e falidas e resgatá-las. Nem sempre é possível. Mas em 80% dos casos ele obtém sucesso. Ele é um profissional que só atua nas 'tormentas' dos negócios. Não está nunca em condições tranqüilas. Ao findar seu trabalho, geralmente após uns 2 ou 3 anos, parte para um novo desafio. Ele sabe coisas que nenhum doutorado em gestão do mundo pode oferecer. Ele perdeu o medo pelo difícil e isso cria uma força interior surpreendente.

Vya Estelar - O que seria na prática beijar a realidade?

José Luiz Tejon - Na prática é pegar a prática. Pegar a realidade que te é oferecida pelo mundo e a partir dela, criar realidades novas, recriando a sua própria vida. É a escritora Dona Dulce Mascarenhas. Ela sempre escreveu ao longo de sua vida. Aos 60 anos ficou viúva, os filhos grandes seguiram suas vidas. Ela imprimia seus próprios livros e saía para vendê-los, um a um nos aeroportos brasileiros. Hoje aos 76 anos, já vendeu mais de 70 mil livros, o que é um êxito imenso. É a pessoa do seu bairro que abre a sua loja de armarinhos, conquista a vizinhança, participa da comunidade, começa a dar aulas de tricô, que transforma um lugarzinho pequeno num grande coração. É assim que tudo começa no mundo. A partir da luz, do enfrentamento da realidade. Nada começa grande, tudo surge da semente, da centelha vem a faísca e o fogo da vida.

Vya Estelar - O que você chama de realidade secreta?

José Luiz Tejon - É a realidade que está por baixo ou acima da realidade superficial que tocamos. Tudo é realidade. Elas estão separadas em realidades conhecidas, percebidas e desconhecidas. As desconhecidas são as secretas. A humanidade já conhece muitas realidades, através da ciência, da filosofia, psicologia, história, etc. Porém para muitos de nós, milhões de conhecimentos reais 'conhecidos', não são percebidos. Não prestamos atenção, ignoramos. Mas eles já estão aí. Quando tomamos um elevador não sabemos direito o que o move, como se move, porque é 99,9% confiável. Simplesmente entramos e apertamos um botão. E alguns deles ainda falam conosco. Idem quando acessamos nosso celular, internet, etc. Porém, se você deseja ir a fundo nisso, beijar essa realidade, vai virar um 'expert' na matéria.

A realidade secreta adviria das descobertas novas que você faria, invadindo campos ainda não consolidados de novas realidades a partir daqueles limites já conhecidos. O universo conhecido tem cerca de 36 bilhões de trilhões de estrelas. Sabemos disso. Porém, há um universo desconhecido, uma realidade secreta, que tende ao infinito, absurdamente incomensurável. O fascinante da realidade secreta é o potencial de poderes a serem descobertos pelas pessoas, ampliando imensamente as nossas forças. O caminho para esse 'Santiago de Compostela' íntimo é através das realidades que nos envolvem. Beijá-las é o cajado do encontro com essas forças. A sua realidade secreta é a força de poderes superiores a ser descoberta dentro de você.

Vya Estelar - O senhor conhece uma corrente hindu chamada de shivaista - dos devotos de Shiva - deus destruidor das ilusões. Segundo essa corrente, as pessoas sempre estão em busca do desejo de satisfazer os cinco sentidos e isso não passa de uma ilusão. Tudo que alimenta o ego é uma ilusão. Bem como o mal e os desejos. O que o senhor acha?

José Luiz Tejon - Conheço e gosto muito, estudo essas correntes, assim como outras. No meu livro existe uma corrente híbrida de raízes humanistas que inclui Shiva, mas apontam mais fortemente para o existencialismo de Sartre e Camus, por exemplo, passando pelo materialismo dialético, por OSHO. Negar os desejos, negar a ilusão, criar 'diques' que nos mantenham artificialmente afastados desses estímulos do 'ego', sem prová-los, bebê-los, comê-los ou beijá-los, significaria entrarmos numa outra e tenebrosa ilusão: a de afastarmos de nós a possibilidade de sermos humanos aqui e agora no planeta Terra, como ele é e onde ele está. Beijar a realidade não é evitar a realidade. É aprender com ela e com suas falsas aparências. Amo Clarice Lispector - eterna e intensamente. Vemos sombras da realidade, segundo Platão. Discernir entre essas sombras, as ilusões e o legítimo, a realidade e as realidades secretas e criadoras, é o maior compromisso dos seres humanos neste invisível planetinha Terra, do lado de cá da Via Lactea. Não é possível negar a paixão. É possível aprender com a paixão. Incluindo saber se desapaixonar. Desconstruir lados do seu ego.

Vya Estelar - Mesmo sendo a realidade o alicerce do sonho possível, não se corre o risco de irmos além de nossas possibilidades?

José Luiz Tejon - Sim e maravilhosamente sim. Porém, jamais sozinhos. Essa é a grande lição. E outra bela realidade. Transcendemos, vamos sempre além das nossas possibilidades e, sempre que isso acontece, observe, beije a realidade. Isso nunca ocorre sozinho. Há sempre uma bela conspiração de guias ao seu lado. Então, tenha a humildade para não celebrar sozinho. Agradeça a tudo e a todos quer te antecederam e que te cercaram, visíveis ou não, conhecidos ou anônimos. O grande salto quântico não se dá em vôo solo. O beijo na realidade, a consciência disso é o primeiro passo para essa instigante questão de irmos (SIM) muito além do que pensávamos ser as nossas possibilidades. E isso ocorre por que nunca temos a nitidez do que é verdadeiramente real. Mesmo e principalmente, dentro de nós.

Vya Estelar - Qual é a melhor forma para enxergarmos nossa amarga realidade antes que seja tarde?

José Luiz Tejon - Atenção, a realidade não tem o lado só amargo. Está cheio de realidades doces, montanhas de mel. Todos os dias na sua, na minha vida, tanto a amarga quanto a caramelada, passam ao largo das nossas praias e não enxergamos, na grande maioria das vezes. Não é justo, quando falamos de realidades a pintarmos de coisas ruins e tenebrosas. E quando falamos de sonhos os decorarmos como arco-íris e coisas sempre boas. As pessoas que eu conheço que beijam as suas realidades 'amargas' e recriam a vida são preciosos seres que encontram imensos portais dentro daquela situação considerada ruim pela maioria. Tomam consciência, beijam o problema, relativizam o mal, diminuem a sua importância trabalhando, construindo, focando suas energias na construção criativa do novo e não no amargor do rancor pelo passado. Têm competência para perdoar, principalmente, a si mesmos.
O exemplo do alcoólatra que não percebe e que só acorda no dia do tsunami é exatamente o que configura o 'iludido'. Mas, até o dia do tsunami fatal, preste atenção, centenas de milhares de sinais, códigos, alertas, sirenes... a galera inteira do Maracanã gritando e a pessoa não sente, não escuta e não vê. É Ilusão. O engano do sentimento e da mente. É o que a realidade vai fazendo com você, enquanto você se ilude. A realidade fala, grita, esperneia... Muitos só acordam no dia em que perdem tudo. Então - notícia boa - crescem, se resgatam, sábios de conhecimento com o aprendizado sofrido. E outros - notícia ruim - terminam a vida sem compreender, sem fazer a lição de casa, vociferando contra o mundo, deuses, parentes, amigos eu e você.

Vya Estelar - O senhor afirma que a realidade nos envia sinais, como percebê-los para tomarmos nossas decisões em cada instante da vida?

José Luiz Tejon - A realidade sempre emite sinais. Como um radar envia impulsos que podem ser captados de volta nas nossas telas sensoriais. Isso é uma educação. Deve começar desde criança. Você com seu filho, sobrinho e irmão. E não pára nunca. Sempre que algo do entorno te incomodou, pause. Reflita. Como é isto mesmo? O que está por trás desse sentimento estranho, dessa 'força estranha'? Isso é o que Gil diz sobre 'falar com Deus'. Na minha forma de ver, Deus é toda a obra do universo. Tudo que está, é. Conversar com o que nos cerca é o portal para conversarmos conosco mesmos. Não devemos jogar ping-pong com o mundo, fazendo de tudo para derrotá-lo, como inimigo. Devemos brincar de frescobol, aquele saudável esporte das praias, onde dois amigos ou amigas jogam para que o outro acerte a bolinha e o jogo não acabe nunca. Com o passar do tempo, na peteca, no frescobol, na visão solidária e da compaixão, vamos ficando mais ousados, mais atrevidos, mais curiosos e descobridores, e então, formamos um time de humanos atingindo novas realidades, mirabolantes jogadas, até então, consideradas impossíveis por nós mesmos. 

terça-feira, 24 de maio de 2011

PRECIOSA

Perdeu a aula do dia 19/05? Então não deixe de conferir o trailer do filme que assistimos em sala, "Preciosa":


O CONSUMISMO



Na aula do dia 17/05 debatemos sobre os vários pontos que estavam atrelados ao filme "O Show de Truman". A crítica ao consumismo percebida no filme nos fez refletir se realmente precisamos adquirir tantos produtos. Leia abaixo uma crítica sobre esta prática que prejudica muita gente:


O CONSUMISMO
João José Martins

O consumismo é outra característica da sociedade contemporânea que produz impactos preocupantes sobre o ambiente natural e construído. A sociedade capitalista industrial criou o mito do consumo como sinônimo de bem-estar e meta prioritária do processo civilizatório. A capacidade aquisitiva vai, gradualmente, se transformando em medida para valorizar os indivíduos e fonte de prestígio social. A ânsia de adquirir e acumular bens deixa de ser um meio para a realização da vida, tornando-se um fim em si mesmo, o símbolo da felicidade capitalista (Buarque, 1990; Gorz, 1968; Fromm, 1979). 

         Para a lógica capitalista de produção o principal objetivo é atender ao consumidor e estimular necessidades artificiais que promovam uma maior rotatividade e acumulação do capital investido. Naturalmente, nesta lógica as categorias de consumidor e indivíduo/cidadão são diferentes. Consumidor é toda pessoa dotada de poder aquisitivo, capaz de comprar mercadorias. O mercado e as mercadorias não são destinados a satisfazer toda e qualquer necessidade das pessoas, mas sim dos consumidores. 

         É por esse motivo que assistimos, freqüentemente, por exemplo, o Brasil investir na exportação de soja para alimentar o rebanho animal europeu, enquanto grandes contingentes da população brasileira não tem feijão para comer e os produtos alimentares básicos - conhecidas como culturas de pobre, como mandioca e feijão - não são atendidos com investimentos de pesquisa. 

         Assistimos, também, diariamente, ao crescimento simultâneo do mercado de rações animais e do número de menores abandonados nas ruas. Isto porque o mercado no capitalismo é um eficiente instrumento para alocar recursos, para indicar os caminhos da maior rentabilidade econômica, mas não foi programado para perceber e responder a necessidades e problemas sociais. 

         A natureza intrínseca do capitalismo exige, para sua sobrevivência, acumulação e investimentos crescentes, o que inevitavelmente aponta para a estimulação do sistema de produção/consumo. O sistema de produção que satisfaz as necessidades dos consumidores é o mesmo que as cria; seja por processos de competição entre consumidores, pelo estímulo do sistema de valores e prestígio social, seja através da publicidade e marketing. Observa-se, assim, que a teoria econômica, historicamente, defendeu o crescimento do sistema de produção/ consumo de forma completamente desvinculada de considerações éticas entre meios e fins. Os economistas, grosso modo, se atinham à satisfação dos consumidores sem se perguntar pela relevância, justiça, legitimidade ou pela racionalidade das necessidades atendidas (Galbraith, 1987; Buarque, 1990). 

          São, portanto, evidentes as conseqüências do consumismo sobre o meio ambiente e sobre a qualidade da vida social. Tal tendência conduz, por um lado, ao desperdício no uso de recursos naturais e energéticos e, por outro, agrava os problemas de geração e processamento de lixo. 

           Do ponto de vista cultural e econômico, aprofunda os processos de alienação e exploração do trabalho e cria irracionalidades como a industria bélica, a proliferação de supérfluos e a obsolescência planejada. Representa, enfim, um tipo de comportamento e de ideologia que alimenta o processo de degradação, tanto das relações sociais em si quanto das relações entre sociedade e natureza.



Fonte:http://criticaemjogo.webnode.com.br/o-consumismo/

O SHOW DE TRUMAN, O SHOW DA VIDA

No dia 12/05 realizamos a exibição do filme "O Show de Truman", com o objetivo de debatermos sobre consumismo, exibicionismo, mídia e o universo dos realities shows. Vale a pena conferir uma crítica sobre o longa no vídeo abaixo:

sábado, 14 de maio de 2011

O CINEMA - CURTA "HARVEY"

Perdeu a aula do dia 10/05? Então não deixe de assistir o curta "Harvey", exibido para ilustrar a linguagem e as várias possibilidades do cinema:

QUANDO O ÓDIO DESTRÓI O AMOR

Ainda na aula do dia 05/05 refletimos, com base no filme O Beijo no Asfalto, sobre o assassinato. Para ilustrar o debate, relembramos o caso de Suzanne Richthofen, assassina dos próprios pais. Confira abaixo uma reportagem da revista Istoé sobre o assunto:

ESTA MENINA MATOU OS PAIS

O engenheiro Manfred von Richthofen, alemão naturalizado brasileiro, ganhou de presente no último Dia dos Pais, em 11 de agosto, dois porta-retratos. Os filhos adolescentes, Suzane e Andreas, presentearam-no com dois mosaicos de fotos de cada um com o pai em diversos momentos. Ele os deixava sobre sua mesa de trabalho no escritório da Dersa, órgão da Secretaria de Transportes do Estado de São Paulo, onde trabalhava. Naquela época, Manfred nem suspeitava, mas Suzane – que aparece ainda bebê no colo do pai, criancinha chupando picolé e sentada entre ele, a mãe e o irmão – já tramava o assassinato dos próprios pais. No dia 31 de outubro, Manfred e Marísia, que era psiquiatra, foram mortos com pancadas de barras de ferro forradas com madeira: um plano meticulosamente arquitetado por Suzane, 19 anos, e seu namorado, Daniel Cravinhos, 21, e executado com a ajuda do irmão dele, Cristian, de 26 anos.


“Certas pancadas só poderiam ter sido dadas por alguém que age com a mão esquerda. Essas pancadas estão na nuca de Marísia, a quatro dedos de distância da orelha direita”, diz Robson, para quem Manfred morreu primeiro e Marísia assistiu à morte do marido. Segundo o policial, o casal recebeu golpes deitados, mas as principais pancadas foram dadas quando eles estavam sentados ou ajoelhados. “Observando algumas marcas, dá para perceber que quem as desferiu o fez da esquerda para a direita. E, dos três, Suzane é a única canhota”, revela o investigador.À polícia, os três disseram que Suzane não participou do ato, apenas preparou o terreno – arranjou luvas cirúrgicas e meias de nylon para que não houvesse rastro – e esperou do lado de fora do quarto enquanto o casal era assassinado. A reconstituição do crime, no entanto, marcada para acontecer na quarta-feira 13, poderá revelar algo ainda mais cruel: que Suzane ajudou os rapazes a espancar seus pais até a morte. Esta possibilidade está sendo investigada pela polícia. “O Cristian e o Daniel dizem que cada um golpeou os dois falecidos. Mas um deles afirma que Suzane providenciou o saco de lixo (que cobriu o rosto de Marísia). 

Não podemos descartar a hipótese de ela ter entrado no quarto onde os pais foram mortos. Portanto,  existe a possibilidade de ela ter matado os pais”, diz Cíntia Gomes, delegada titular do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). O investigador do DHPP, Robson Feitosa da Silva, primeiro policial a trabalhar no caso, confia nisso.



Continue lendo: http://www.terra.com.br/istoegente/172/reportagens/capa_suzana_02.htm

quinta-feira, 12 de maio de 2011

QUANDO A VIDA PASSA A SER UM PESO

Na aula do dia 05/05 debatemos sobre dois filmes exibidos em sala: O Beijo no Asfalto e Romance. Como observamos, os dois longas refletiam sobre a morte em perspectivas diferentes. O suicídio final do filme Romance gerou uma calorosa discussão em torno da seguinte temática: "até que ponto um ser humano tem o direito de tirar a própria vida?"

Para esclarecer algumas dúvidas, leia abaixo uma entrevista com uma psicóloga sobre o assunto:




O chão. Carros, postes, prédios, pessoas. Uma variável de coisas atrapalha a visão e causa vertigem numa mente confusa. O canto do cisne se aproxima e o corpo cai. Lamentos, lágrimas e perguntas ficam no ar: o que aconteceu para ele se matar?




É preciso estar atento para as várias formas em que os desejos suicidas podem surgir. Uma pessoa desorientada, só, deprimida, infeliz, pode ter este tipo de comportamento, que pode ser diminuído ou radicalizado, dependendo do relacionamento dessa pessoa com a sua família, amigos, sociedade. Os cuidados com esses casos são intensos e merecem um melhor conhecimento.




Em entrevista concedida por email, a psicóloga Olga Tessari contou ao Site do Padre Marcelo Rossi os motivos que levam uma pessoa a querer se matar e o que precisa ser feito para fazer a pessoa desistir dessa idéia, sendo vital a atuação da família para ajudar a pessoa com tendências suicidas.





Site Pe. Marcelo Rossi - O que leva uma pessoa a cometer suicídio?

Dra. Olga Tessari: A conduta suicida, na verdade, é uma tentativa desesperada de solução de um problema, embora seja uma alternativa inadequada. Ela acontece depois de várias tentativas de solucionar o problema (de todas as maneiras possíveis e imagináveis para ela), não tendo encontrado nenhuma solução. Seria algo como a última saída para solucionar o problema. Em geral, a conduta suicida está presente nas pessoas que padecem de depressão, alcoólicos ou dependentes químicos e se agrava se houver sintomas psicóticos. 




Site Pe. Marcelo Rossi - Existe algum fator genético ou psicológico que já predispõe a pessoa a cometer este ato?

Dra. Olga Tessari: Não há pesquisas conclusivas que mostrem que o suicídio seja algo genético. Existem alguns fatores que podem colaborar para a tendência ao suicídio:
- o fato da pessoa ser impulsiva, não pensar para agir, não medindo a conseqüência de suas atitudes;
- a baixa capacidade ou mesmo a dificuldade para resolver problemas;
- pensamentos, atitudes e objetivos derrotistas ou inadequados;
- fatores ambientais: problemas sócio-econômicos, solidão, doenças crônicas.




Site Pe. Marcelo Rossi - O que deve ser feito para demover o suicida dessa idéia?

Dra. Olga Tessari: É importante saber ouvir o suicida e saber dele os motivos que o levam a querer acabar com a sua própria vida. Não o critique, nem adote uma postura crítica ou moralista. Após ouvir, propor e analisar, junto com ele, as dimensões do problema que ele está enfrentando e buscar as possíveis alternativas. Aquele velho ditado de que duas cabeças pensam melhor do que uma vale neste caso. Mas sempre de forma a ajudar e jamais querer impor nada para ele.




Site Pe. Marcelo Rossi - A depressão é o primeiro passo para o suicídio?

Dra. Olga Tessari: Não necessariamente, embora seja um fator agravante. Na depressão a pessoa sente-se como se estivesse sem saída para nada, não se sente em condições de fazer nada, fica prostrada. Então, como não age e não consegue agir, pensa que seu caso não tem solução e começa a arquitetar seu suicídio como única forma para fugir de todos os problemas insolúveis. Vale dizer que a auto-estima das pessoas depressivas é muito baixa, o que colabora para que ela se sinta incapaz de fazer qualquer coisa.




Site Pe. Marcelo Rossi - Há como perceber se uma pessoa está com desejos suicidas?

Dra. Olga Tessari: Existem alguns indícios que podem alertar para o fato da pessoa chegar a ter intenções suicidas, embora não sejam fatores determinantes:
- uma pessoa que vive solitária, que foge de qualquer convívio social, que vive cabisbaixa, fechada em si mesma, que recusa convites, que prefere ficar trancada em seu quarto ou em seu mundo;
- uma pessoa que vive num meio familiar que não propicia a convivência e o diálogo;
- comportamento agressivo;
- doenças crônicas;
- dores fortes e insuportáveis provocadas por alguma doença;
- depressão;
- alcoolismo;
- usuário de drogas ilícitas;
- psicoses.




Site Pe. Marcelo Rossi - Qual o papel da família numa pessoa que se encontra com desejos suicidas?

Dra. Olga Tessari: É fundamental a participação da família! Em geral, pessoas com tendências suicidas vêm de famílias onde inexiste o diálogo, a convivência. Muitas vezes, os pais são críticos, autoritários e não admitem serem questionados, não estão abertos a dialogar e a entender que seu filho cresceu, que este filho pode ter idéias e pensamentos diferentes dos seus e que deve ser respeitado.




Site Pe. Marcelo Rossi - O suicídio é mais comum ocorrer nos jovens?

Dra. Olga Tessari: Ele pode ocorrer em qualquer idade. Tudo vai depender dos fatores acima apontados, embora, hoje em dia, em função da proliferação do uso de drogas ilícitas, o número de jovens com tendências suicidas esteja em ascensão.



Site Pe. Marcelo Rossi - Há alguma diferença entre uma pessoa que resolve cortar os pulsos e uma outra que fica em cima de um prédio apenas ameaçando se jogar?

Dra. Olga Tessari: Muitas vezes, estas atitudes representam um grito desesperado de dizer para as pessoas o quanto tem sido difícil e insuportável conviver com a realidade que ela está vivendo, de mostrar o seu sofrimento e da necessidade que a pessoa tem de querer ser ajudada: seria algo como um pedido de socorro! Tanto que, quando a pessoa toma tais atitudes, ela "espera" a ajuda. E, infelizmente, talvez esta seja a única forma de fazer com que as pessoas a sua volta prestem atenção nela e vejam o quanto ela tem sofrido. Se houvesse mais diálogo e convivência familiar, certamente ela não precisaria recorrer a estas atitudes tão drásticas.

TRISTÃO E ISOLDA


A história de Tristão e Isolda é um dos contos mais populares da Idade Média. Como a maioria dos contos arturianos, ele caiu na obscuridade durante a Renascença e foi ressuscitado com vigor durante o século 19. Para muita gente esta é uma história de amor absoluto e perfeito; a combinação de tragédia e destino apenas serve para torná-la mais fascinante.

O rei Rivalin de Lyonesse casa-se com Blanchefleur, irmã do Rei Mark de Cornwall numa justa de amor. Blanchefleur morre no parto e o nome Tristão representa essa perda (vem do francês triste). Ele é educado por um tutor que se torna seu melhor amigo e, juntos, eles viajam para a corte do tio de Tristão, o rei Mark de Cornwall (ou Cornualha). Tristão disfarça sua identidade e tenta distinguir-se através da luta, tocando harpa e na caça. Ele aceita o desafio de lutar contra Morholt que chegara exigindo tributo do rei Mark para o rei da Irlanda, Anguish, pai de Isolda.

Após uma longa batalha, Tristão derrota Morholt. Mas por causa das armas deste estarem envenenadas, as feridas de Tristão não cicatrizam. Ele viaja para a Irlanda, procurando uma cura para o veneno. Se disfarça sob o nome de Tantris e recupera-se lentamente sob os cuidados de Isolda. Ele então retorna à Cornwall - exaltando a linda Isolda que o trouxera novamente à saúde. O rei Mark deseja que Isolda seja trazida para ele para ser sua esposa baseado na exuberante narrativa de Tristão.

Entrementes, um dragão assola o reino de Anguish. Ele oferece a mão de Isolda em casamento ao cavaleiro que matar o dragão. Tristão viaja à Irlanda para matar o dragão e ganhar a mão de Isolda para o rei Mark. Ele realmente acaba com a besta mas é dominado pelas fumaças venenosas expelidas por ela. O camareiro do rei Anguish apresenta então a cabeça do dragão, proclamando que ele havia derrotado o  monstro. Isolda sabe que isto não é verdade e despreza o camareiro, indo assim à procura do verdadeiro matador. Ela encontra Tristão e novamente lhe devolve a saúde.

É durante este tempo que Isolda percebe que está faltando um pedaço da espada de Tristão. Ela tem um pedaço da espada que matou Morholt - seu tio - e que fora removida de sua cabeça quebrada. Ela encaixa esse pedaço no espaço da espada de Tristão e deduz que ele é o assassino de Morholt. Embora ela fique furiosa com Tristão pela morte de seu tio, ela precisa deixá-lo viver para refutar a reivindicação do camareiro à sua mão.

Tristão cura-se e reclama a mão de Isolda para Mark. Ela ainda está furiosa mas precisa viajar com ele para Cornwall. Durante a viagem, ela pede à sua aia, Brangwain, que faça uma poção para envenenar Tristão. A aia ainda deduz que Isolda pretende beber a poção também de modo a acabar o iminente casamento com Mark. Além disso, Brangwain está apaixonada por Tristão e não o quer morto. Portanto, ela prepara uma poção de amor ao invés de uma poção fatal.

O casal, Tristão e Isolda, bebe a poção e apaixona-se para sempre. Eles consumam seu amor no barco, naquela noite. Uma vez em Cornwall, Isolda deve passar pelo casamento e então precisa disfarçar a perda de sua virgindade. Ela persuade Brangwain a dormir com Mark - sacrificando portanto a própria virgindade. Isto marca o primeiro dos logros que os amantes usarão para enganar Mark.

Mas a corte de Mark está repleta de cortesãos traiçoeiros e invejosos. Eles tentam e tentam apanhar Isolda e Tristão em situações comprometedoras. Eventualmente eles conseguem e os amantes são condenados à morte. Tristão se empenha em fugir. Ele resgata Isolda de um grupo de leprosos ao qual ela havia sido entregue como punição. Ela então jura em falso num  tribunal probatório mas é banida com Tristão. Ambos fogem para a floresta para viver em exílio.

A vida na floresta é muito difícil e eventualmente os dois decidem se separar. Isolda retorna à corte de Mark e Tristão parte pro exílio. Durante as suas perambulações ele chega à bretã corte do rei Howell. Tristão presta a este grandes serviços, acabando por ganhar a mão de sua filha. Ele concorda em casar com ela porque seu nome também é Isolda, Isolda das Brancas Mãos. Todavia ele não consuma o casamento porque seu amor à verdadeira Isolda é muito forte.

Tristão ajuda seu cunhado, Kaherdin, numa batalha e é envenenado - de novo! Ele roga à verdadeira Isolda que o cure, sabendo que apenas ela tem o poder para fazer isso. Mas quando o navio fica à vista, Tristão está muito doente para deixar o leito e pede à Isolda das Brancas Mãos para informá-lo da cor das velas. Sabendo que as velas brancas anunciam a presença a bordo de Isolda da Irlanda, sua rival, Isolda das Brancas Mãos informa que as velas são pretas, significando que Isolda não está no navio. Tristão morre em desespero.

Quando Isolda da Irlanda chega ao quarto e depara-se com seu amante morto, ela também morre de tristeza. Ambos são enterrados lado a lado. Na cova de Tristão nasce uma videira e na de Isolda, uma rosa. As duas plantas se entrelaçam e crescem juntas como um símbolo do seu ardente amor.


Fonte:http://www.lunaeamigos.com.br/mitologia/12_tristao.htm

quarta-feira, 11 de maio de 2011

ROMANCE

Na terça-feira, dia 03/05/2011, assistimos o filme brasileiro Romance. Confira abaixo o trailer do longa e relembre algumas cenas!

terça-feira, 3 de maio de 2011

APESAR DA GREVE... FUNCIONAMENTO NORMAL!!


Independente da greve que está afetando a maioria das escolas públicas, o B.A.R continuará com seu funcionamento normal. Pontanto, anote aí: encontros nas terças e quintas, das 14 às 16 horas!!
Nos vemos lá!!!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

ALUNA DA SEMANA: ISMÊNIA


Mais uma garota é a homenageada do blog! Como podemos ver na foto, Ismênia é uma jovem um tanto tímida. Seu jeito reservado, porém, não a impede de cumprir seu papel de estudante com muita responsabilidade. Parabéns, Ismênia!!

E algo me diz que na semana que vem será a vez dos garotos... fiquem de olho no B.A.R.!!!